sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

A bela e a fera: o que chamamos de AMOR


Era uma noite linda, com o luar reluzente e o céu cheio de estrelas. Eu estava sentada á beira da praia enamorando o que existia por cima de mim. Estava naquele lugar em que costumávamos ir. Eram tantas estrelas que o brilho dos meus olhos se perdiam entre elas. E foi entre o brilho delas que  eu encontrei os seus olhos. Eram os olhos mais bonitos que eu já vi em toda a minha vida. Costumava dizer que você era a minha estrela. Porque toda vez que eu me perdia no escuro, era seu brilho que me guiava. E era por esse brilho que eu continuava a vagar por ai. Era a minha luz de sobrevivência. O meu elixir da vida.  O que eu esperava ter comigo pra sempre. 
Lembra daquela noite, no nosso lugar, em que você me observava por trás enquanto eu admirava o luar sobre as águas do mar? Foi a noite em que você se declarou pra mim, e me trouxe aquela rosa vermelha linda, onde suas pétalas pareciam camurça. Eram macias, geladas e enormes. Era a rosa mais bonita que eu já tinha visto. Olhando pra ela eu entendia o que você estava falando, o que você sentia. Ela carregava todo o nosso laço, tudo o que nos ligava. Depois que nos despedirmos, eu corri para casa, fui até o porão e peguei um pote de vidro com um suporte dentro, e a espetei lá. Coloquei-a na penteadeira do meu quarto, aquela que ficava de frente pra janela. Eu queria que a lua a iluminasse da mesma forma que você me iluminava. Eu gostava de dormir olhado pra luz que ela transmitia por todo o meu quarto. Era uma forma de eu saber que você sempre estava ali e que eu podia dormir tranquila porque você me observava e não deixaria nada de mal me acontecer. 
A rosa guarda um pedido meu: que enquanto eu te amasse ela permanecesse viva. E sabe de uma coisa? Ela ainda existe. Continua no meu suporte de vidro, em cima da minha penteadeira de frente a janela, iluminada pela lua, transmitindo essa luz por todo o meu quarto e a cada dia mais bonita...