terça-feira, 30 de outubro de 2012

Adeus


Oi, sou eu aqui de novo.

Dessa vez eu não vim me lamentar,

Nem vim pedir pra você ficar.

Na verdade, eu vim me despedir.

É! Eu resolvi partir.

Não me arrependo de nada do que fiz

E nem tenho mais medo do que possa vir

Eu só preciso dizer, mesmo que você não queira me pedir

Que eu te desculpo por tudo que me fez passar

Doeu demais, mas não foi maior do amor que senti

Eu demorei pra admitir, demorei pra aceitar

Mas é preciso ir

Não posso mais ficar aqui

Chorar já não faz mais parte de mim

Não quero isso pra mim

Hoje eu acordei feliz

Acordei me amando

Aceitando os fatos

Sem deixar laços

Entendi que o melhor é assim

Que você já não faz parte de mim

Foi tudo que pedi

Foi tudo que você teve coragem

Hoje te aplaudo,

Admiro e agradeço

Por me fazer enxergar

Quando paramos de complicar as coisas ficam mais fáceis

Bom, não quero mais tomar seu tempo

Aqui fica minha ultima satisfação

Só vim avisar

Que é hora de ser feliz

Começar de novo

E não olhar pra trás

Lembrar só do que foi bom, mas acabou.

Quando você se foi


Quando você resolveu ir embora, comigo restaram palavras

Coisas que tinham que ser ditas, coisas que você não me deixou falar.

Você simplesmente saiu pela aquela porta sem dizer Adeus

Resolveu por si só, si só.

Você não conhece o outro lado

Você não sabe como é aqui.

Eu fiquei olhando pela janela, enquanto ela se encharcava com as gotas de chuva

 e do outro lado do vidro,

Ali naquela nossa esquina, eu via você sumindo

Eu não pude fazer nada, você não me deixou fazer nada.

Eu me agarrei naquilo que fomos e você as tirou de mim

Me arrastou junto com você quando cruzou aquela porta

Você me deixou ali no chão, em prantos.

Me olhou com aquele olhar de quem está fazendo por orgulho

E me virou as costas.

Tentei te chamar varias vezes, tentei fazer com que me ouvisse.

Mas você resolveu ignorar, resolveu me deixar

Resolveu me deixar olhando pela janela...

Jamais meu coração vai te dizer adeus.

Porque quando eu quero um abraço são seus braços que abraçam os meus.

Quando eu quero um beijo, são seus lábios que beijam os meus.

E a gente morre sem querer morrer

E eu vou ficar aqui até a madrugada voltar esperando você voltar (pra mim).


quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Desse jeito


Tiro meus anéis e tudo que me da a sensação de aperto para aqui escrever. Escrevo com um ar de solidão que emerge na minha alma. Eis aqui uma solidão diferente, a qual enlouquece a gente. Uma solidão não por estar só, mas por não fazermos parte da gente.

É um tido intimidante, que escorre entre a veias. É algo sem controle, sem fim, que não sai de mim.

É um momento ermo, que me faz refletir sobre ti, sobre mim, sobre tudo. É um momento em que pouca coisa faz sentido. E as que fazem se desfaz ao poucos.

Aqui dentro é o abrigo do delírio, do questionamento, da tormenta. Sou meio normal, meio feliz, meio dor. Sou meio Carol, meio amor, meio fim. Só sigo o roteiro.  “Não quero uma vida pequena, um amor pequeno, uma alegria que caiba no bolso”. Quero muito além do que posso, do que sou do que vejo. Quero tudo. Me quero. Sou um par de azas, mas as sinto presas. Quero liberta-las, soltá-las. Quero as ver voar.  Quero me ver voar.

Cansei de andar na superfie, quero mergulhar, me entregar. Quero nascer. Quero viver o que a vida me nega. Quero viver as oportunidades que tenho, boas ou ruins. Quero apenas ser eu em qualquer momento. Viver tristeza, viver alegria, viver de mim, só por mim.

Não sei esperar. Tenho pressa porque tenho asas, e elas são maiores que eu. Elas são o que eu desejo ser, o que eu desejo ter, e o que eu desejo fazer. Minha vontade é incontrolável. Minha sede é insaciável. Quero cachoeiras, quero mares, quero natureza.

Quero enfrentar o martírio. Quero viver o que tenho que viver, doa o que doer. Eu acredito que se hoje está assim é por algum motivo, e quando esse motivo chegar eu começo a entender, começo a me refazer, começo a re-amar.  Porque dor, aflição e medo, são coisas que podemos mudar, podemos escolher igual a todas as outras coisas, e passam. E eu ainda acredito que vou sair ainda bem melhor do outro lado de lá.