sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Cronômetro


15% de bateria... O tempo escorrega pelos meus dedos deixando apenas a angustia do silencio.. Um silencio forçado q me enclausura e aprisiona as palavras dentro do meu peito e me impede de te dizer o q estou sentindo.. Tento gritar!.. Não consigo ! As palavras me fogem o pensamento e o medo me aperta o coração.. 10% de bateria. O tempo passa. E na ânsia de dizer o q me transborda a alma eu caio. Caio num emaranhado de idéias desconexas e envolto por um mar de sensações eu tento respirar. 5% de bateria. Desespero. Vejo apenas o rastro de desesperança q o tempo deixou. 3% de bateria. Sinto q já é tarde demais. Mais uma vez o silencio me abate. Dessa vez mais forte! Tão forte q rasga o meu peito e abre um buraco dentro de mim. Abismo. 2% de bateria. Numa ultima tentativa (talvez inútil) reúno todas as minhas forças. Tudo o q me resta. 1% de bateria. Me entrego a este instante. Ponho tudo q sou nestas ultimas palavras. Pois sei q só o q posso te dizer é.... EU TE.........

...1% de bateria. A ânsia da entrega me leva ao delírio das palavras, não sei como reagir a essas minhas emoções. 2% de bateria. Inútil  como pensar isso se reúno todas as minhas forças para apenas dizer o que realmente sinto? 3% de bateria. Nunca é tarde, e o silencio grita. O abismo que se abre é o mesmo que me faz ter forças e coragem pra ouvir o que sai de dentro de mim. 5%. O desespero é a minha força. Corro contra o tempo... 10% de bateria. As palavras transbordam, meu coração estra em ritmo acelerado. Não consigo me conter. minhas mão ficam tremulas. Respiro! 15% de bateria... E o tempo volta pro começo. Sinto minhas mãos suarem. Passo minhas mãos pelo meu rosto, em tom de inquietude. Me mexo na cadeira, flexiono meu pescoço pra frente e pra trás, pro lado e pro outro, o giro pra estralar. Subo e desço os ombros.O silencio é a resposta. Você sempre esteve aqui. Somos prisioneiros do nosso próprio espaço, da nossa própria angustia, da nossa dor. Somos prisioneiros de nós mesmos. Do nosso amor...Somos o que somos...donos do tempo, do desamor.


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